segunda-feira, 21 de setembro de 2009

alho nutrição e saúde

Alho, nutrição e Saúde
O alho (Allium sativum) é um vegetal da família Liliacerae, sendo encontrado na forma de raiz. Seu bulbo, vulgarmente conhecido como cabeça, é constituído por vários dentes, os quais são empregados como condimento culinário e como medicamento há centenas de anos em todo o mundo. Este emprego na culinária o coloca em vantagem frente a outras ervas de efeito farmacológico conhecido e desejável, como o Ginkgo biloba, por exemplo.
Antigamente, no Egito, o alho era usado para remediar a diarréia e, na Grécia antiga, ele era empregado como medicamento no tratamento de patologias pulmonares e intestinais. Pesquisas recentes identificaram que o alho possui ainda diversas propriedades, dentre as quais se destacam as antimicrobianas, antineoplásicas, terapêuticas contra doenças cardiovasculares, imunoestimulatórias e hipoglicemiantes.
Pasteur relatou, em 1858, a atividade antibacteriana do alho, que tem sido confirmada por diversos autores até hoje. Em laboratório, mediante diluição em série, o extrato fresco de alho mostrou ser capaz de inibir o crescimento de 14 espécies de bactérias, entre as quais o Stafilococcus aureus, Klebsiella peneumoniae e Escherichia coli, que são bactérias potencialmente maléficas à saúde. Isto ainda se deu, mesmo usando o extrato de alho diluído 128 vezes.
Uma solução de 5% preparada com alho fresco desidratado mostrou atividade bactericida contra Salmonella typhimurium. Isto é atribuído à alicina, o componente chave da atividade antimicrobiana, que também é responsável pelo odor característico do alho. A atividade antimicrobiana do alho é reduzida com sua fervura pois a alicina é desnaturada durante o processamento térmico.
O alho ainda tem se mostrado capaz de combater o Helicobacter pylory, a maior causa de dispepsia, câncer gástrico e também de úlceras gástricas e duodenais. Foi observado recentemente que 2g/L de extrato de alho inibe completamente o crescimento do H. pylori. Os autores concluíram que este efeito bactericida pode contribuir para prevenir a formação de câncer gástrico.
Esta evidência foi comprovada num estudo epidemiológico efetuado na China, onde foi notado que: O risco de câncer gástrico é 13 vezes menor em indivíduos que consomem 20g/dia de alho em relação àqueles que consomem menos que 1g/dia. Em outro estudo, na Itália, foi observada uma correlação negativa entre o consumo de alho e o risco de câncer gástrico (risco relativo = 0,8). O efeito anticancerígeno do alho parece estar ligado à estimulação da enzima hepática glutationa S-transferase envolvida em processos de desintoxicação de muitos carcinógenos. A seguir, no quadro 1, podemos observar a composição centesimal do alho.
QUADRO 1 - "RAIO X DO ALHO"
ENERGIA
140 KCAL
Carboidratos
29,3g
Proteínas
5,3g
Lipídeos
0,2g
Fibras
1,66g
Potássio
400mg
Vitamina B
10,2 mg
Vitamina B
63,33mg
Vitamina C
31,1 mg
Ácido fólico
3,1mg
Cálcio
181 mg
Fósforo
150 mg
Ferro
1,7 mg
Cobre
0,26 mg
Zinco
8,83 mg
Selênio
24,9 mg
O que mais se destaca na composição nutricional do alho, são os altos teores dos elementos zinco e selênio, ambos metais antioxidantes. No organismo humano, estes nutrientes estão envolvidos tanto direta como indiretamente no funcionamento do sistema imunológico.
Diversos são os estudos que têm identificado baixos níveis sangüíneos tanto de selênio como de zinco, em pacientes portadores de patologias como a AIDS, onde o sistema imunológico encontra-se gravemente debilitado. A prescrição dietoterápica atualmente feita para tais pacientes preconiza o consumo de alho, entre outras coisas. Há estudos que apontam para uma atividade anti-viral do alho. Neste sentido, seu consumo também é indicado para casos de resfriado, gripe e nas viroses em geral.
A propriedade imunoestimulatória do alho está, também, relacionada à presença de substâncias encontradas no seu extrato (dialil trisulfito e dialil sulfito) que estimulam a imunidade de uma maneira geral (estimula a proliferação de células T e de citocinas produzidas por macrófagos). Neste sentido, estudos têm demonstrado que o alho atua estimulando tanto a imunidade humoral como a celular.
Outro efeito nutracêutico notável do alho está relacionado aos benefícios cardiovasculares que ele proporciona. O consumo regular de alho reduz o nível do colesterol sérico total, evita a agregação plaquetária e também possui atividade antioxidante, prevenindo aterosclerose e doenças cardiovasculares. Estudo canadense efetuado com homens moderadamente hipercolesterolêmicos (32 a 68 anos) mostrou que o consumo de 7,2g/dia de extrato de alho durante meio ano reduz em 5,5% a pressão arterial sistólica, em 7,0% o colesterol sérico total e em 4,6% o colesterol de baixa densidade (LDL).
A atividade hipocolesterolêmica do alho se deve à inibição de diversos passos enzimáticos da síntese hepática do colesterol e a um acréscimo na excreção de ácido biliar e de esteróis. Os componentes do alho alicina, alinina e S-alil sulfato exibem propriedades que inibem a agregação plaquetária. O efeito em rede de tais propriedades resulta na prevenção da aterosclerose e das doenças cardiovasculares.
Na prevenção de doenças, o alho também tem merecido destaque. Recentemente, um estudo epidemiológico efetuado em duas regiões distintas da China, uma que emprega o alho na culinária e outra que não o utiliza, mostrou que a região que usa regularmente o alho tem menores índices de morbidade e de mortalidade em relação à região que não utiliza o alho na alimentação.
Se não bastassem todos os benefícios à saúde aqui descritos, o alho ainda possui propriedades hipoglicemiantes. O extrato de alho mediante seu componente sulfóxido S-alilciteína, reduziu significantemente a glicose sangüínea. O mecanismo provável desta atuação se deve, ao menos em parte, ao estímulo à secreção de insulina pelas células ß do pâncreas.
Quadro 2 - Principais benefícios do consumo regular de alho na quantidade mínima de 8g/dia
Aumenta a longevidadeReduz os riscos de infartoFavorece o bom funcionamento do sistema imunológicoReduz a glicose sangüíneaReduz o colesterol DL (ruim)Aumenta o colesterol HDL (bom)Combate bactérias e vírusPrevine a aterosclerosePrevine o câncerMelhora a qualidade de vida
Em resumo, os dados dos estudos apontam para diversos benefícios à saúde derivados do consumo regular do alho. Isto torna o alho uma especiaria extremamente atrativa de ser incluída no cardápio diário, não somente pelo seu aroma e sabor, mas também pelos seus benefícios medicinais.
PROFª KÉSIA DIEGO QUINTAES - NUTRICIONISTA
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Docente do Centro Universitário
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Adventista de São Paulo
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Mestre em Ciência da Nutrição
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Doutoranda em Ciência da Nutrição pela FEA/UNICAMP

ALDER, A. J.; HOLUB, B. J. Garlic and fish oil for reducing serum lipids and lipoproteins. American Journal of Clinical Nutrition, Bethesda, v. 65, n. 7, p. 445-450, 1997.ARUOMA, O. I.; SPENCER, J. P. E.; WARREN, D.; JENNER, P.; BUTLER, J.; HALLIWELL, B. Characterization of food antioxidants illustrated using commercial garlic and ginger preparations. Food Chemistry, S.l., v. 60, n. 2, p. 149-156, 1997. BLOCH, A. S. Pushing the envelope of nutrition support: complementary therapies. Nutrition, S.l., v. 16, n. 3, p. 236-239, 2000.ESTUDO NACIONAL DE DESPESA FAMILIAR Tabela de composição dos alimentos. IBGE: Rio de Janeiro, 1977.FRANCO, G. Tabela de composição química dos alimentos. Atheneu: São Paulo, 9 ed., 1992.GRIMBLE, R. F. Modification of inflammatory aspects of immune function by nutrients. Nutrition Research, S.l., v. 18, n. 7, p. 1297-1317, 1998.HEINERMAN, J. The healing benefits of garlic. Nutrition, S.l., v. 13, n. 2, p. 173-174, 1997.OREKHOV, A. N.; GRÜNWALD, J. Effects of garlic on atherosclerosis. Nutrition, S.l., v. 13, n 7-8, p. 656-663, 1997.PANTOJA, C. V.; MARTIN, N. T.; NORRIS, B. C.; CONTRERAS, C. M. Purification and bioassays of a diuretic and natriuretic fraction from garlic (Allium sativum). Journal of Ethnopharmacology, S.l., v. 70, n. 1, p. 35-40, 2000.SIVAM G. .P. Garlic and Helicobacter pylori. Food and Chemical Toxicology, S.l., v. 5, n. 5, p. 582, 1997.SATO, T.; MIYATA, G. The nutraceutical benefit, part IV: Garlic. Nutrition, S.l., v. 16, n. 9, p. 787-788, 2000.



fonte:http://www.jmfbrasil.com.br/nutricao4.asp

extrato de sementes de uva mata células de câncer

Extrato de semente de uva 'mata' células de câncer, diz estudo

Uvas têm grande concentração de antioxidantes
Um estudo conduzido por pesquisadores americanos sugere que extrato de sementes de uva pode destruir células cancerígenas.
Os cientistas, da Universidade de Kentucky, realizaram experiências de laboratório e mostraram que, em 24 horas, 76% de células de leucemia expostas ao extrato foram mortas e as células saudáveis ficaram intactas.
A pesquisa abre caminho para novos tratamentos contra o câncer, mas os especialistas disseram que ainda é muito cedo para recomendar que as pessoas comam uvas como forma de evitar a doença.
As sementes de uva contêm alta concentração de antioxidantes, conhecidos por sua propriedades contra o câncer.
Pesquisas anteriores já haviam mostrado que o extrato da semente da fruta pode ser eficaz no combate a células cancerígenas da pele, mama, intestino, pulmão, estômago e próstata.
Suicídio
No entanto, o estudo americano é inédito ao provar as ações do extrato contra a leucemia.
Na experiência, os cientistas expuseram as células doentes a altas doses do extrato, levando várias delas a “cometerem suicídio”, em um processo conhecido como apoptose.
Os pesquisadores observaram que o extrato ativou a proteína JNK, que ajuda a regular o processo de auto-destruição celular. Ao exporem as células de leucemia a um agente que inibe a proteína JNK, o efeito do extrato da semente de uva foi interrompido.
O autor do estudo, Xianglin Shi, disse que os resultados podem levar à incorporação de novos agentes na prevenção ou tratamento da leucemia e de outros tipos de câncer.
“O que todos buscam é um agente que tenha um efeito nas células cancerígenas, mas que deixe as saudáveis intactas. E o extrato de semente de uva se encaixa nesta categoria”, afirmou o pesquisador.
O estudo foi reproduzido na publicação especializada Clinical Câncer Research.

fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2009/01/090101_cancerextratouva_fp.shtml

soja e suas inumeras proptiedades

Dra. Julenoy Dias Vieira - CRN - 07100772
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Ainda existem pessoas que relacionam o consumo da soja apenas com indivíduos vegetarianos. No entanto, este alimento além de possuir inúmeros benefícios para nossa saúde, deveria estar presente na dieta de qualquer atleta ou praticante de atividade física, mesmo que esses incluam alimentos de origem animal em sua dieta. A soja é uma excelente fonte de proteínas, fibras, minerais e ácidos graxos essenciais, além de ser considerada um alimento funcional. Vários estudos científicos comprovam a ação da soja na prevenção de doenças, como problemas de coração, alguns tipos de câncer, osteoporose, mal de Alzheimer e sintomas da menopausa nas mulheres. É rica em vitaminas do complexo B, A, C e E. Outra riqueza encontrada na soja está na presença dos minerais: cálcio, fósforo, ferro e potássio. Também possui ótimo teor de fibras, de extrema importância para o funcionamento intestinal adequado. A soja é utilizada na produção de diversos produtos, sendo que o extrato solúvel, popularmente conhecido como “leite de soja”, está sendo consumido por um número cada vez maior de pessoas. Esta bebida possui quase os mesmos teores de proteínas do leite de vaca, com a vantagem de não possuir a lactose, responsável pelo desencadeamento da diarréia, gases e mal-estar em um considerável número de pessoas sensíveis a esse carboidrato. Além disso, o leite de soja não contém colesterol, é rico em lecitina e em ácidos graxos poliinsaturados. Para indivíduos que praticam exercícios físicos, principalmente a musculação, a proteína de soja pode ser usada como uma fonte de proteínas de alta qualidade para ajudar a atender à necessidade protéica aumentada durante o treinamento, fornecendo os aminoácidos essenciais necessários para o desenvolvimento físico e muscular. O exercício físico regular é saudável, mas cria um stress oxidante que pode contribuir para dores, inflamação dos músculos e formação de radicais livres. Pesquisas recentes demonstram que a proteína de soja pode acelerar a recuperação muscular após os exercícios. As isoflavonas presentes na proteína de soja produzem efeitos antioxidantes, que podem ajudar a diminuir a dor e a inflamação, favorecendo o retorno dos atletas ao treinamento mais rapidamente. A proteína de soja pode apresentar-se em três formas básicas: • A farinha de soja é produzida a partir da moagem de flocos de soja descascada e desengordurada. A farinha de soja possui aproximadamente 50% de proteína em peso seco. • A proteína concentrada de soja é produzida a partir da soja descascada e desengordurada através da remoção parcial dos carboidratos. Esta porém mantém a maior parte das fibras originalmente presentes nos grãos de soja e devem conter pelo menos 65% de proteína em peso seco. • A proteína isolada de soja é produzida a partir dos flocos de soja, por meio de um processo que utiliza extração aquosa e aquecimento mínimo. Este produto é praticamente livre de carboidratos e de gordura, tendo 90% de proteína em peso seco, sendo a mais adequada para suplementação alimentar. Tanto a farinha, quanto a proteína concentrada de soja contêm um perfil baixo do aminoácido essencial metionina. Isto reduz a bioavaliabilidade da proteína como um todo. Produtos de soja crus contêm substâncias conhecidas como "fitoestrógenos", que são tipos de substâncias químicas que possuem uma ação biológica parecida com o hormônio feminino estrogênio. Por isso este alimento pode ser benéfico para mulheres na menopausa. Portanto, a introdução de proteína isolada de soja na alimentação de atletas e indivíduos fisicamente ativos só trará benefícios, desde que seja supervisionada por um profissional habilitado, visto que os fatores individuais devem sempre ser avaliados e respeitados.
Figura 1: Conteúdo de proteína e isoflavonas da soja e derivados
Alimento
Porção
Proteína
Isoflavona

(g)
(g/100g)
mg/g de proteína
mg/porção
Grão de Soja
46,5
37,0
5,1
87,8
Soja Assada
43
35,2
5,5
83,5
Farinha de soja
21
37,8
5,5
43,8
Proteína texturizada de soja
30
6,0
5,2
94,0
Leite de soja
228
4,4
3,3
20,0
Tofu
114
15,8
2,1
38,3
Proteína de soja isolada, seca
28
92,0
2,2
56,5
Concentrado de soja seca
28
63,6
0,3
12,4
Fonte: Adaptado de ANDERSON et al, 1999.

fonte:http://guiamediconovafriburgo.com/materias/soja.htm